sábado, 27 de outubro de 2007

Hábitos populares

Há mais ou menos dois meses, o Gabriel leu, em algum lugar, que um cara chamado Professor Luizinho (não me lembro ao certo o nome do indivíduo) - que, segundo as fontes, havia previsto uma série de catástrofes pelo mundo inteiro - "preveu" que Resende, a cidade onde eu moro, seria atingida por uma tempestade terrível, que destruíria a cidade toda e blá blá blá. Confesso que, mesmo rindo da situação, eu fiquei ligeiramente encucado com a previsão. Tal qual na segunda (segunda?) série, quando haviam dito que o mundo ia acabar e etc, mesmo eu não acreditando (sou cético pra caramba em relação à isso), eu fiquei ligeiramente perturbado com a notícia.

Segundo o cara, Resende ia acabar no dia 17 de Outubro de 2007.

No dia 13 de outubro eu viajei. Nesse período, boa parte da minha família já havia tomado conhecimento da notícia, através destes programas sensacionalistas da vida. Ok, dia após dia eu achava mais graça da situação, mas ficava preocupado na mesma proporção. Nós voltamos de viagem no dia 15, e mesmo que o tal cara já tivesse sido desmascarado e o escambau (segundo minha tia, ele havia sido preso), eu estava cada vez mais preocupado. Pensamentos diversos vieram à minha cabeça: eu vou morrer depois de amanhã. E AGORA? Poxa vida, eu ainda sou virgem (xD). Nunca ouvi The Who, e nunca mais vou poder ouvir (sim, eu confesso xD e é estranho pensar em música nesses momentos). E todas as minhas vontades? Todos os meus planos, eles iriam ter fim assim, tão bruscamente? Pessoas que não tive a oportunidade de conhecer, lugares que não tive a oportunidade de conhecer, shows que não fui, livros que não li... O dia 16 veio melancólico, e o primeiro sinal de chuva me arrepiou. É, eu confesso, o cara tinha me deixado paranóico O.O No dia 17 só faltou eu me despedir de meio mundo xD Mas o dia amanheceu, entardeceu e anoiteceu sem sinal de devastação. Eu acordei no dia 18 me sentindo o cara mais sortudo do mundo (o.o)

Isso foi, em certa parte, interessante, pois meio que me instigou à ver o que eu quero/tenho que fazer para o futuro, e que eu posso não ter essas chances, esses "amanhãs", "porque se você parar pra pensar, na verdade não há". (Renato Russo)

Mas, o mais engraçado dessa história toda foi hoje. Dia 27 de outubro, longe de qualquer suspeita sobre qualquer devastação, estava eu no treino de volêi, quando, de repente, do nada, inesperadamente, um sol devastador é substituído por uma violenta tempestade, com muito vento e barulhos assustadores. Meu coração quase saiu pela boca. Se todos nós íamos morrer, que eu morresse perto da minha mãe. XD

P.S.: Alguém notou quantas vezes eu usei a palavra "devastação" e suas derivadas neste post? xD

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